domingo, 28 de fevereiro de 2016

Açúcares e seus vários tipos

A cana-de-açúcar é fonte de vários tipos de açúcares, mas usamos também açúcares de outras fontes.



Açúcar cristal
Para produzir o açúcar cristal, o caldo de cana passa por processos de purificação, evaporação, cristalização, centrifugação e, por último, pela secagem. A partir do açúcar cristal, outros tipos de açúcar, como o refinado e o confeiteiro, são obtidos. O açúcar cristal, portanto, passa por menos processos na hora de ser preparado.
É o açúcar com cristais grandes e transparentes, difíceis de serem dissolvidos em água. Depois do cozimento, ele passa apenas por um refinamento leve, que retira "só" 90% dos sais minerais. Por ser econômico e render bastante, o açúcar cristal sempre aparece nas receitas de bolos e doces, sendo também usado para adoçar líquidos e cobrir a superfície de doces e pães doces.



Açúcar refinado
Também conhecido como açúcar branco, produzido a partir do refinamento do açúcar cristal, é o açúcar mais comum nos supermercados. No refinamento, aditivos químicos como o enxofre tornam o produto branco e delicioso. O lado ruim é que esse processo retira vitaminas e sais minerais, deixando apenas as “calorias vazias” (sem nutrientes). Ë, sem dúvida, o açúcar mais utilizado nos domicílios para a produção de doces e bolos e para adoçar líquidos.



Açúcar mascavo
É o açúcar em forma bruta, extraído depois do cozimento do caldo de cana. Como não passa por refinamento, apresenta coloração mais escura e sabor mais encorpado, semelhante ao da rapadura. Sem refinamento, são preservados o cálcio, o ferro e os sais minerais. Embora sua diferença calórica não seja considerável, ele é considerado uma das versões mais saudáveis dos tipos de açúcares. O açúcar mascavo é utilizado em receitas de doces, tortas, bolos e de pratos salgados.



Açúcar demerara
É o mais caro dos açúcares extraídos da cana e é utilizado no preparo de doces sofisticados. O demerara tem sabor mais suave que o mascavo e mais intenso que o refinado. Ele passa pelo processo de purificação e refinamento, porém, não leva aditivos químicos e, portanto, mantém os teores minerais da cana-de-açúcar. Seus cristais têm coloração marrom clara ou caramelo e são levemente mais úmidos, devido ao alto teor de melaço de cana que os envolve. É difícil de ser dissolvido e é perfeito para preparar pães e biscoitos.



Açúcar orgânico
Muito parecido com o mascavo, o açúcar orgânico é produzido a partir de cana-de-açúcar cultivada sem o uso de agrotóxicos ou adubos químicos. Além disso, o açúcar orgânico não é refinado, o que lhe confere grãos mais grossos e cor mais escura.
Portanto, seus benefícios estão relacionados à ausência de aditivos químicos e preservação dos sais minerais, sendo apenas 5% menos calórico do que o açúcar refinado. Sua embalagem é biodegradável e ele é mais caro que o refinado.



Açúcar invertido
O açúcar invertido ou xarope invertido, consiste em um xarope quimicamente produzido a partir do açúcar comum, a sacarose e tem consistência semelhante à do mel. Por não cristalizar à temperatura ambiente, é muito utilizado na indústria alimentícia. Frutas em calda, sorvetes, balas e caramelos, licores, geleias e biscoitos podem ter xarope invertido na sua composição.



Açúcar líquido
É obtido pela dissolução do açúcar refinado em água. Usado em bebidas gasosas, balas e doces, o açúcar líquido não é vendido em supermercados. Uma das vantagens é que ele não precisa ser estocado em sacos, diminuindo o risco de contaminação com poeira e micro-organismos. Para preparar em casa, basta dissolver o açúcar refinado em água. É bom para preparar caldas e coberturas de sobremesas.



Xarope de glucose de milho
É produzido a partir do amido de milho e tem na sua composição o dissacarídeo maltose, formado pela ligação entre duas moléculas de glicose, tendo consistência semelhante à do mel. Por ter um ponto de congelamento baixo, não forma cristais à temperatura ambiente. Recentemente surgiu no mercado um novo xarope de milho composto por glicose e frutose.



Açúcar de confeiteiro
O açúcar de confeiteiro tem cristais são tão delicados e finos que até parece talco de bebê. É o resultado de um refinamento sofisticado que produz cristais muito pequenos. Depois do refinamento, ele é encaminhado para uma peneiragem, durante a qual os cristais são separados de acordo com a granulometria. Antes de ir para o pacote, o açúcar pode receber uma pequena quantidade de amido de arroz, milho ou fosfato, que evita que os grãos fiquem grudados. O açúcar de confeiteiro é muito usado para decorar biscoitos e tortas. É ideal para o preparo de chantili, coberturas e glacês mais homogêneos, pois possui grãos superfinos que permitem uma mistura mais eficaz, mesmo a frio.



Açúcar impalpável
É parecido com o açúcar de confeiteiro, mas é ainda mais fino por contar com a adição de amido de milho em sua composição. Até 3%, dependendo do fabricante. Isso porque o amido ajuda a não deixar que o açúcar empelote, pois tira a umidade. Normalmente, é bem utilizado na confeitaria, principalmente para fazer deliciosos macarons, os docinhos franceses. A boa notícia é que dá para fazer em casa: basta adicionar 2 colheres (sopa) de amido de milho para cada xícara (chá) de açúcar de confeiteiro e bater a mistura no liquidificador.

Açúcar light
É o resultado da combinação do açúcar refinado com adoçantes artificiais, como o aspartame, o ciclamato ou a sacarina, que multiplicam o poder de adoçar. Um cafezinho só precisa de 2 gramas de açúcar light para ficar doce, contra 6 gramas de açúcar comum. Por isso, quem consome o açúcar light, ingere menos calorias.

Açúcar vanille ou baunilhado
É o açúcar com um leve sabor de baunilha, obtido pela adição do agente aromatizante vanilina ao açúcar. É o tipo de açúcar perfeito para preparar biscoitinhos caseiros e bolos simples.

Frutose
A frutose é um açúcar simples extraído de frutas ou do milho. De sabor muito mais doce e elevado índice glicêmico, é utilizado na produção de doces industrializados.



Melado de cana
O melado de cana ou simplesmente melado é uma calda espessa depositada na caldeira com a qual se faz rapadura ou ainda, feita a partir da própria rapadura derretida. O alimento conta com 591 miligramas de cálcio, 123 de fósforo e 22,32 de ferro, nutrientes que, no açúcar, aparecem em dosagens desprezíveis.



Melaço
O melaço é resultante da etapa de centrifugação, no processo de fabricação de açúcar. Contém açúcares redutores e parte de sacarose não cristalizada. É utilizado na fermentação para produção de álcool, em especial o etanol, como matéria-prima para fabricar cachaça, rum, fermentos biológicos e é usado largamente em rações animais. Nos antigos engenhos banguê, era subproduto em decantação, sendo chamado, então, mel de furo.



Mel
O mel é um alimento, geralmente encontrado em estado líquido viscoso e açucarado, que é produzido pelas abelhas a partir do néctar recolhido de flores e processado pelas enzimas digestivas desses insetos, sendo armazenado em favos em suas colmeias para servir-lhes de alimento.
O mel sempre foi utilizado como alimento pelo homem, obtido inicialmente de forma extrativa e, muitas vezes, de maneira danosa às colmeias. Com o passar dos séculos, o homem aprendeu a capturar enxames e instalá-los em “colmeias artificiais”. Por meio do desenvolvimento e aprimoramento das técnicas de manejo, o ser humano conseguiu aumentar a produção de mel e extraí-lo sem danificar a colmeia. Com a "domesticação" das abelhas para a produção de mel, temos então o início da apicultura.


Todos os açúcares são carboidratos ou hidratos de carbono.

Monossacarídeos são açúcares simples, formados por seis átomos de carbono:
  • Glicose: encontrado nos seres vivos
  • Frutose: está presente nas frutas
  • Galactose: está presente no leite

Dissacarídeos são açúcares formados pela ligação entre duas moléculas de monossacarídeos:
  • Maltose: Glicose+Glicose (nos vegetais em geral)
  • Sacarose: Glicose+Frutose (na cana-de-açúcar)
  • Lactose: Glicose+Galactose (no leite)

Amido é um polissacarídeo formado por um grande número de moléculas de glicose ligadas entre si:

  • Amido: nGlicose (milho, batata, arroz, trigo e outros cereais)